Em 18 de
abril comemora-se o dia do nascimento de Monteiro Lobato, um dos maiores
escritores da literatura infanto-juvenil brasileira, motivo pelo qual a data
tornou-se o Dia Nacional do Livro Infantil.
Dentre
muitas obras literárias do escritor, o grande sucesso que impactou o mundo da
literatura infantil foi a coleção O Sítio do Picapau Amarelo, após a invenção da Menina do Nariz Arrebitado – Narizinho. As
histórias se passavam no sítio de Dona Benta, avó de Narizinho e Pedrinho, onde
outros personagens davam graça às histórias, como: Tia Nastácia – que fazia
deliciosos bolinhos de chuva; Tio Barnabé – o velho contador de causos; a dupla
engraçada de trabalhadores rurais: Zé Carneiro e Pedro Malazarte; e os tão
famosos personagens Emília, a boneca de pano, teimosa e engraçada; Visconde de
Sabugosa, o sabugo de milho que vira gente, dono de uma apreciável inteligência.
As histórias
acontecem no Sítio de Dona Benta, envolvendo outros personagens, levando lições
de moral para as crianças. O Saci-Pererê e a Cuca eram os personagens
perversos, que assustavam as pessoas.
Monteiro
lobato trabalhou, no Sítio do Picapau Amarelo, assuntos que puderam aumentar a
cultura das crianças e jovens. A mitologia grega, a história das invenções, a
geografia, a gramática e a matemática tiveram grande repercussão, sendo
abordados até os dias de hoje nas escolas.
Os dois
destaques para o mundo rural foram criados porque Lobato considerava que os
autores da época eram estritamente urbanos, e não valorizavam a simplicidade da
vida do homem do campo, dos passeios em fazendas, da importância da natureza
para a vida do homem, nunca escrevendo sobre os mesmos.
O autor
formou-se em direito e jornalismo, onde escrevia artigos para revistas e
jornais da época.
Em 1904,
após ganhar um concurso literário, Lobato retratou seus sentimentos em relação
à literatura, pela qual era apaixonado: “Tentei arrancar de mim o carnegão da
literatura. Impossível. Só consegui uma coisa: adiar para depois dos trinta o
meu aparecimento. Literatura é cachaça. Vicia. A gente começa com um cálice e
acaba pau d’água na cadeia”.
Texto publicado
por: Jussara Barros
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